Vegetarianismo

Há vários motivos para alguém se tornar vegetariano. Contudo, a motivação espiritual do vegetarianismo engloba outras considerações – as que tratam da saúde, da nutrição e do moral – e vai ainda mais longe ao defender que o vegetarianismo não é a realização final.

O verdadeiro objetivo a ser alcançado é viver de acordo com as leis de Deus, e de se alimentar com o que pode ser oferecido a Ele. A. C. Bhaktivedanta Swami salientava que os humanos se distinguem de outros animais vegetarianos porque podem oferecer seu alimento a Deus.

A lei divina ordena: “Não matarás!”. Para se cumprir esta ordem deve-se considerar que todos os seres vivos possuem alma.

Escrituras védicas ensinam que a vida, em qualquer forma que se apresente, é a manifestação da alma, cuja presença é constada na consciência do ser. Essa consciência se manifesta de modo diferente, entre as espécies de vida (humana, animal e vegetal), mas nenhuma delas merece ser menos respeitada que as outras.

Plantas e animais não escolhem sua alimentação. Segundo sua constituição física, eles procuram o alimento que lhes é destinado, e não cometem nenhum erro por fazê-lo.

No entanto, humanos que se utilizam mal de sua inteligência, matam animais inocentes para satisfazerem os caprichos do paladar. Não só ingerem substâncias impróprias para o organismo humano, como também sofrem as conseqüências de seus atos.

A lei universal do karma determina que cada ação provoca uma reação proporcional. Além do mais, reação é lei de física. E o fato de se abater animais faz pesar sobre o autor responsabilidade pelo ato. Conseqüentemente, ele vive a reação deste ato, nesta ou em outra vida.

É verdade. De acordo com escrituras védicas, conseqüências de atos cometidos na forma humana acompanham a alma em outros corpos, em outras vidas. Este princípio pode não parecer evidente, mas nem por isto é menos real.

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* Trecho extraído do livro: Gosto Superior (pgs.: 7 e 8); São Paulo: Fundação Bhaktivedanta. 1992.

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